sábado, janeiro 08, 2005

Coro Juvenil da Associação

No próximo dia 9 de Janeiro, pelas 12h, o Coro Juvenil da nossa associação solenizará a Eucaristia na Igreja de S. Francisco, em Évora. A direcção deste coro está a cargo de Maria João Teles e o acompanhamento instrumental será feito por Filipa Teles.

1 comentário:

Octavio disse...

Tenho acompanhado com alguma distância os comentários colocados neste post. Parece-me que se começa a esboçar uma polémica que se arrasta há alguns anos e não é novidade para quem conhece a vida cultural desta cidade como eu conheço. Director artístico do Grupo Vocal Trítono (que nasceu há DEZ anos e deu origem a esta associação) e director artístico, desde dezembro de 2000, do Coral Évora (entidade de reconhecido mérito cultural com 25 anos (!) de existência), docente na área da música nesta cidade desde 1985 na Academia de Música Eborense, na Escola de Formação de Actores do CENDREV e, mais recentemente, na Associação Musical Eborae Musica, colaboro com a Associação A Bruxa Teatro (sou membro fundador). Como cantor e instrumentista e director coral tenho participado e colaborado na organização de uma diversidade de eventos culturais desta cidade desde os anos 80.
Gostaria de perguntar aos senhores Filipe Lobo e Manuela Trindade que "atritos" ou "falta de congregação de vontades" podem existir entre esta associação e o Coral Évora, com quem temos uma excelente relação? Que "sinergias se podem perder" se as vocações do nosso coro juvenil ou do Grupo Vocal Trítono são diferentes dos grupos congéneres de outra prestigiada Associação Musical, da qual eu sou activo colaborador?
Eu sou levado a pensar que os senhores não se referem as estas associações Musicais e Culturais que, afinal, tanto têm contribuido para a dinamização cultural da cidade, cada qual norteada pelos princípios estabelecidos nos seus estatutos (ai de nós se todos os estatutos fossem iguais...).
Basta pegar nas agendas culturais dos últimos 3 anos e observar, com muita atenção que entidades eborenses ORGANIZAM eventos culturais na área da música. Pois os dedos de uma só mão bastam para contar quantas associações se "mexem"...
Não, não são os subsídios que nos movem... Estes não são um fim mas um meio, todavia, precioso para concretizar formalmente, de modo digno, os nossos projectos.
"Determinadas pessoas" deveriam começar a pensar menos em termos de quantidade e mais em QUALIDADE. Não é tão linear quanto parece a relação entre o valor de subsídio e a qualidade do trabalho apresentado. Poderá ter relação com a sua DIMENSÃO ou DIVULGAÇÃO mas nunca, de forma directa, com a qualidade! Esta tem a ver com a componente humana, a imaginação a criatividade e outros factores que não dependem de dinheiro!
Sim, Trítono é uma dissonância mas, como alguém já disse, as dissonâncias são o sal da música. A ACT tem conquistado o seu espaço no panorama cultural da cidade pela DIFERENÇA! Porque, ao contrário do que "determinadas pessoas" possam pensar, temos lutado (falo pela associação e da minha própria atitude e postura desde que trabalho nesta cidade!), temos lutado contra o espírito de "capelinhas" e contra esse mesmo provincianismo tacanho de que somos acusados! Convido estes senhores a conhecer por dentro as actividades das associações. Vou referir, por exemplo, a actividade coral de algumas destas entidades: o Eborae Musica divulga o repertório da Sé de Évora; o GVT tem uma vocação para um repertório Jazz/Pop ainda pouco explorada pelos agrupamentos vocais da região além de interpretar arranjos feitos pelos membros do grupo; o Coral Évora tem um repertório eclético, característico da actividade coral amadora, no melhor sentido da palavra. Reparem que apenas me referi à actividade CORAL a propósito do "paralelismo " que afirmam existir no percurso destas associações. Como já devem ter reparado, a nossa associação tem desenvolvido actividades noutras áreas culturais, a saber: artes plásticas, literatura, expressão dramática. Poderá aqui existir algum "atrito"? "Sinergias perdidas"? Não me parece...
Cada uma destas associações tem uma voz própria. Todas estão abertas a colaboração mútua. Esta JÁ existe, é uma realidade mas é preciso QUERER vê-la.
Continuar a afirmar que a cidade "é pequena", que o subsídio e qualidade andam de mão dada, que a diversidade de oferta na formação dos agentes culturais é "falta de originalidade" isso sim é provincianismo.